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[...] Do ponto de vista dramatúrgico, a sua experiência de “dependência” – que, à partida, tem uma dimensão sobretudo autobiográfica – transcende a natureza confessional do discurso [...]. há que referir as qualidades de Liberano como performer. Ele tem um notável domínio técnico da representação e a sua personagem-de-si-mesmo tem a capacidade de colocar o público numa situação de forte empatia – uma empatia quase violenta. Apesar da sua evidente contemporaneidade, a performance comove-nos um pouco como um melodrama: o sofrimento é mostrado como modo de despertar no público uma experiência de humanidade.

José Capela, codiretor artístico da mala voadora

Foi uma surpresa que me acometeu de muitas formas e veio de encontro a muitas questões que estava a vivenciar naquela altura. Foi especialmente importante ter a oportunidade de ver o Diogo em cena libertando seu passado artisticamente, e o resultado dessa experiência foram dias melhoras com as minhas próprias questões que julgava incortonáveis. Realmente, o teatro pode dar desfechos que na vida são inviáveis. Muito obrigado por isto.

Raykar Rocha, ator

Minha mãe descobriu lá pelos seus 40 anos de idade. Ela nunca conseguiu viver bem com a doença dela. [...] Assisti a sua peça no último sábado. [...] Eu não fazia ideia do tanto que é difícil! Depois da tua peça eu me desculpei com ela em prece. [...] O teu trabalho foi lindo. Foi comovente. Foi leve. Foi engraçado. Foi humano. Foi esclarecedor. Foi um presente pra mim. Obrigado Diogo.

Tiago Colognese, consultor de software

Amei. Já há muito que não assistia a um espetáculo assim, que me apanhou do início ao fim, tanto pelo texto tão bem escrito, poético e forte, como pela performance tão brilhante. Musica, cenário em plena harmonia. Muitos parabéns e felicidades.

Maria Irene Rodrigues, técnica de análises clínicas

Performance muito impactante e emocional. Provoca uma consciência sobre a temática que enriquece quem assiste.

Nuno Flores, arquiteto

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Declaração de Dependência - Versão 2

Uma investigação sobre diabetes, açúcar e amor

Nesta segunda versão do projeto Declaração de Dependência (DdD), o dramaturgo e performer Diogo Liberano aborda as relações entre a doença diabetes mellitus, o açúcar e o amor, unindo narrativas pessoais e novas formas de escrita cênica para questionar o impacto cultural da frase “diabéticos não podem comer açúcar”.

Diabético desde os seis, o artista revisita histórias vividas de 1993 até hoje, propondo revisarmos certezas que, muitas vezes, já mortas, continuam a guiar nossas relações. Em cena, o dramaturgo investiga três modos distintos de escrita:

1) escrita em movimento, feita através de ações físicas, gestos e movimentos;

2) escrita em leitura, feita através da leitura de histórias previamente escritas pelo dramaturgo; e

3) escrita em direto, feita através de composições de movimento e textuais que são criadas de modo inédito e em relaçãoao público de cada noite.

Declaração de Dependência – Versão 2 contou com a coprodução da Bolsa de Criação Artistas Douro, atribuída pela mala voadora, com financiamento da Câmara Municipal do Porto, e com o apoio de instituições como o CAMPUS Paulo Cunha e Silva, o MEXE Associação Cultural e o Sporting Club de São Vitor.

Registo em vídeo de Liberano ao encerrar o décimo quinto ensaio, na sexta-feira, 23 de agosto de 2024, no CAMPUS Paulo Cunha e Silva.

Fotografias de Miguel F.

DdD-V2 - Para site.jpg

Equipa de criação

Dramaturgia e performance Diogo Liberano

Dramaturgismo Gustavo Colombini

Conceito visual Jérémy Tomczak

Desenho de luz Tomás Ribas

Direção musical e música original Rodrigo Marçal

Orientação de movimento Mayara Máximo

Participação em áudio Lucilia Liberano

Cenotecnia Ricardo Rabelo

Direção de produção Marcéllo Mucída

Realização Platô – Pesquisa e Produção

Residência Zero (participantes) Ana Luiza RiguetoAndressa Hazboun e Jessica Di Chiara​​​​

"[...] algo está sendo transformado agora."

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O projeto teve início em julho de 2024 com a Residência Zero, reunindo a equipa de criação e as participantes Ana Luiza Rigueto, Andressa Hazboun e Jessica Di Chiara. Em cinco encontros online, foram levantadas questões fundamentais para dar início ao trabalho.

Em agosto, Liberano iniciou a criação da dramaturgia, física e textualmente [veja registo filmado acima], abrindo novas relações entre imaginações, memórias e a própria dimensão atual da sala de ensaio. Em setembro, na Residência Um, junto às artistas da equipa, Gustavo Colombini, Rodrigo Marçal, Jérémy Tomczak e Maria Carvalho Vasquez, Liberano apresentou um primeiro esboço da performance, a partir do qual novas buscas e desafios foram traçados.

De outubro a dezembro, com toda a equipe em ação, dessa vez já na companhia de Mayara Máximo e Tomás Ribas, a performance encontrou o seu gesto primordial: uma operação poética que destitui o protagonismo do trauma, oferecendo à vida novos arranjos, discursos e sensações.

Tal como afirma uma das passagens da dramaturgia:

[...] no terreno da minha memória, lua esburacada, eventos inconscientes condicionam uma espécie de vida, de homem, uma espécie.

só que algo está sendo transformado agora.

[...] pra fazer do lodo flor de lótus é preciso bem imaginar; imaginar mais, imaginar melhor: um homem-encerramento, uma espécie de homem-encerramento.

DdD-V2 estreou na mala voadora (Porto, Portugal), apresentando-se de 12 a 15 de dezembro de 2024 e permanece inédita em outras localidades.

Saiba mais sobre o projeto
Declaração de Dependência (DdD)

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